segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Poesias Vencedoras do VIII Festival de Poesias

Categoria A (ciclo II):

Valor à Vida

Eu quero paz...
Você tem paz?
Somos todos capazes
de transformar a vida mais eficaz

nas escolas e nas cidades
não se pode mais viver
tem pessoas agoniadas
com medo de morrer.

A vida virou brincadeira
Que se joga a qualquer hora
Brincadeira de violência
Que levou a paz embora

A vida não é mais vida
Transformou-se em tiroteio
Aqueles que antes riam
Hoje vivem por sorteio.

Que saudade da infância
Que nos traz paz e harmonia
mas no mundo em que vivemos
até infância sofre agonia.

Quero amor e igualdade
Quero viver com lealdade
Quero de volta a minha vida
Que me roubaram por maldade.

Nicole Barcelos Guimarães - E1


Categoria B (ciclo III):

Paz: Uma Dádiva Divina

A paz é um sentimento
A paz é um estado
A paz é um mistério
Para ser desvendado.

Não se encontra apenas no fim de uma guerra
Nem dos conflitos e revoltas
Que existem aqui na Terra

Ela está em gestos simples
Que acontecem na nossa vida
Às vezes é tão simples
Que ela passa despercebida
É o sorriso de uma criança
É um simples aperto de mão
Ela é esperança
Ela é perdão
É um abraço
É a tranquilidade
O amor paternal
É o amor entre pessoas
na escala mundial
É um pequeno beijo
É boa auto-estima
É uma herança, um presente
Uma dádiva divina.

Danielle Bernardes de Souza - H3



Categoria C - Literatura de Cordel (ciclo III):

Lampião  no Sertão

Lampião enfim morreu
O sossego mesmo assim não apareceu
muitos ficam se perguntando
Onde Lampião se meteu?
O que será que aconteceu?

Cadê o Lampião?
Será que alguém o viu?
Vagando sozinho, sem Maria Bonita
Procurando vestígio de seu coração
Sem amor e compaixão, perdão no sertão

Herói para uns ele foi
Ladrão para outros se tornou,
Justiceiro pela morte de seu pai
Foi por isso que o tal
Lampião se vingou

Moças por ele suspiravam
Sempre que pelo sertão ele passava
Com seu burro galopava,
Fugindo de todas as emboscadas
que o cercavam.

Cadê o famoso Lampião
Cangaceiro fujão
Será que está no céu ou no sertão
Será que está vagando ou assustando
as pessoas no sertão?

Josiane, Lorena Luana e Phablynne - I2


Meu Sertão Nordestino

Anti ontem meus cumpadi
tentaram me convencer
de mudar-me para São Paulo
pra miór, nóis viver

Valei-me minha nossa sinhora!
eles tem di entender
num vou acabar com a minha vida
pra tentar otra disconhecida
num vou deixar meu sertão
e ir pra queles casarão.
Num largo minha poeira
e minha vida cangaceira
e viajar pro desconhecido
destruindo uma vida inteira
eles tão de brincadeira
num vou entrar nessa bobeira
minha nossa sinhora da padroeira!

Os boatos não param de chegar
dizendo que os cabras que foram pra lá
deram com os burros n'agua
e não puderam mais vortá

Morar em cidade grande?
Só no dia de São nunca!
Pra mim é como se fosse
cavar sua própria tumba
muitos dizem:
- Seu Medroso!
E eu penso "Deixa estar
Se foi aqui que nasci
Se foi aqui que cresci
É aqui que sempre estarei
Meu sertão Nordestino!
É aqui que morrerei!"

Danielle Bernardes, Jordana e Yeinyffer - H3